MPE apura fila de 300 mulheres à espera de atendimento após fechamento de salas de acolhimento em Cuiabá

  • 20/05/2025
(Foto: Reprodução)
Apenas em 2024, foram registradas 11.653 ocorrências relacionadas à violência doméstica e familiar contra a mulher na capital Atendimento hoje funciona no HMC Prefeitura de Cuiabá O Ministério Público Estadual (MPE) investiga denúncias de que cerca de 300 mulheres vítimas de violência estão na fila aguardando atendimento em Cuiabá. A investigação foi aberta após o fechamento de duas unidades de acolhimento e a centralização dos atendimentos no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Em nota, a Prefeitura de Cuiabá afirma que o atendimento a mulheres vítimas de violência não foi prejudicado com o fechamento dessas unidades e são oferecidos 24 horas no HMC. Ainda segundo a gestão, a suspensão dos serviços nos espaços ocorreu após a identificação de irregularidades (veja nota na íntegra no fim desta reportagem). O procedimento foi instaurado pela promotora de Justiça Claire Vogel Dutra. Segundo ela, a concentração dos serviços em um único local fere as diretrizes de acesso pleno ao atendimento, principalmente diante das dificuldades de locomoção enfrentadas pelas vítimas. A legislação garante o direito das vítimas de violência a atendimento em locais adequados e reservados, como os locais fechados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Segundo o MPE, o HMC não conta com equipe técnica suficiente para lidar com a alta demanda. Apenas em 2024, foram registradas 11.653 ocorrências relacionadas à violência doméstica e familiar contra a mulher na capital. Leia nota da prefeitura na íntegra: A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, esclarece que o atendimento especializado a mulheres vítimas de violência segue ativo e funcionando 24 horas por dia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), unidade referência para acolhimento e suporte a esses casos. Com a recente reestruturação dos serviços, algumas assistidas foram remanejadas para o Espaço de Acolhimento do HMC, que agora opera em regime de plantão, enquanto outras foram direcionadas para equipes da Secretaria Municipal de Saúde. Os prontuários foram devidamente encaminhados, sob sigilo e segurança, aos novos profissionais responsáveis, que passaram por capacitação para garantir um atendimento humanizado e qualificado. A atual gestão identificou irregularidades no funcionamento de antigos espaços de atendimento e, desde então, tem atuado com agilidade para reordenar os serviços. O modelo adotado visa descentralizar o atendimento, ampliando o alcance por meio das equipes multiprofissionais (E-Multi) da Secretaria de Saúde e das unidades básicas de saúde, especialmente para mulheres com dificuldades de locomoção. Além do acolhimento emergencial no HMC — que garante apoio psicológico e social no primeiro atendimento —, a meta é expandir o número de sessões terapêuticas e garantir continuidade no cuidado. A realidade anterior, com psicólogos atendendo mensalmente, está sendo superada com a ampliação da equipe, permitindo atendimentos mais frequentes e eficazes. A Secretaria da Mulher também mantém atendimento psicológico e orientação jurídica em sua sede, na avenida Getúlio Vargas, n° 490. Mulheres que desejem ser avaliadas e atendidas podem procurar a equipe do HMC ou entrar em contato direto pelo número (65) 99223-3760. A Prefeitura reafirma seu compromisso com a proteção das mulheres e trabalha para fortalecer a rede de acolhimento, ampliar os espaços de atendimento e garantir serviços cada vez mais acessíveis, eficazes e respeitosos.

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/05/20/mpe-apura-fila-de-300-mulheres-a-espera-de-atendimento-apos-fechamento-de-salas-de-acolhimento-em-cuiaba.ghtml


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